Circuitos Econômicos Solidários
– Programa de Incubação 2020-2021

Curso EAD e Assessoramento


1. Visão Geral


Os circuitos econômicos do capital produtivo, comercial e financeiro acumulam a maior parte dos valores produzidos na economia solidária. Isso ocorre porque produtores e consumidores solidários continuam dependentes, em grande medida, dos circuitos do capital, tanto para a compra cotidiana de mercadorias e de meios produtivos, como para a comercialização e financiamento.

Mas, com a organização de circuitos econômicos solidários, uma parte dos valores, que antes era realizada como lucro por esses capitais, pode ser acumulada em fundos de economia solidária para realizar ações de libertação de forças produtivas, libertação de meios de intercâmbio e libertação econômica de comunidades locais, contribuindo para o surgimento de sistemas econômicos solidários .

Em poucas palavras, quando uma comunidade local organiza um Empório e um Fundo Solidário , uma parte do anterior acúmulo de lucros por empresas capitalistas, resultante da realização de vendas de mercadorias e de seu financiamento para o atendimento de necessidades dessa comunidade, dá lugar à realização de excedentes de valor econômico pelo Empório, que passa a oferecer em seu catálogo de vendas à comunidade esses mesmos produtos com preços idênticos. Os valores excedentes apurados com essas vendas são acumulados no Fundo Solidário, autogestionado pela comunidade, que é usado para apoiar a criação de iniciativas econômicas que ampliem as ofertas e intercâmbios de bens e serviços no Circuito Econômico Solidário, que pode operar legalmente como uma Cooperativa para Autogestão Comunitária. Conforme avança essa libertação de forças produtivas e libertação de meios de intercâmbio e maiores volumes de bens e serviços oriundos da economia solidária são consumidos no circuito econômico solidário, maiores podem ser os volumes de intercâmbios não-monetários realizados na comunidade, na forma de trocas e doações, libertando maiores parcelas de valores monetários para aprofundar a libertação econômica de todos/as.

Visando apoiar ações dessa natureza, o Circuito Econômico Solidário de Curitiba, o Instituto Nhandecy e Solidarius Brasil lançaram, em 2019, a Programa de Incubação de Circuitos Econômicos Solidários. A partir de 2020 a iniciativa foi expandida em nível latino-americano por Solidarius Rede Internacional.

O Programa recolhe a experiência prática de funcionamento de Circuitos Econômicos Solidários já organizados ou em organização em distintos países, os conteúdos teóricos, metodológicos e de tecnologia da informação sistematizados em sete edições anuais do curso sobre Circuitos Econômicos Solidários realizado por Solidarius Brasil e os conhecimentos de instituições de apoio na ancoragem de iniciativas colaborativas e solidárias.

O Programa se desenvolve ao longo de 10 meses, resultando na organização de Circuitos Econômicos Solidários, na forma de Cooperativas para Autogestão Comunitária, a depender da deliberação das comunidades locais.

A inscrição no Programa deve ser feita neste link.

A capacitação inicial dura quatro meses, com um módulo semanal de conteúdos e com tarefas e estudos a serem realizados entre um módulo e outro. Ao final do curso de quatro meses, o circuito em incubação passa por uma fase experimental de seis meses, recebendo assessoramento para solução de dúvidas e para se apropriar de tecnologias em áreas específicas.

Ao final da incubação é realizada uma assembleia para a criação do novo circuito. Havendo a aprovação da futura criação do Circuito, são ativados de maneira permanente o hospedagem de TI, contas e o fundo do novo Circuito que passa a atuar em rede colaborativa com outros circuitos já existentes.

2. Operacionalização

Os participantes da incubação terão contas de acesso aos catálogos de compras, trocas e doações e para intercâmbios nessas modalidades no Circuito Econômico Solidário a ser criado. O valor mensal da incubação será registrado como saldo monetário nas contas dos participantes. Usando este saldo de suas contas no circuito em incubação, os participantes farão o registro do pagamento do serviço de incubação oferecido no catálogo de compras do Empório. 10 % deste valor será preservado no Fundo do Circuito incubador, respaldando a emissão do mesmo montante em pontos que serão registrados nas contas dos participantes para intercâmbios nos catálogos de trocas.

A depender dos processos realizados pelos circuitos em incubação poderão ser compartilhadas tecnologias produtivas artesanais na área de alimentos, bebidas, higiene, limpeza e de tecnologias para a elaboração de planos de sostenibilidade de empreendimentos econômicos que operam em rede, visando a contribuir para a ativação dos catálogos de ofertas do novo circuito e para a criação de iniciativas produtivas de economia solidária com estratégias de produção sob demanda.

Na etapa inicial da incubação, os participantes terão suas contas de acesso criadas na plataforma do novo circuito, hospedada em solidarius.net. A conta provisória do Empório e do Fundo a ser incubados terão o número de documento fiscal de uma entidade-âncora como responsável ou o documento fiscal de um dos participantes que assuma essa atribução até a criação da pessoa jurídica do novo circuito. Assim, entre os catálogos existentes na plataforma, haverá o catálogo do Empório do novo circuito em formação, que posteriormente centralizará os intercâmbios nos seis meses finais de experimentação coletiva com o assessoramento no processo incubador.

Cada etapa do curso inicial corresponde a uma fase de organização do novo circuito, com a atividade prática correspondente.


3. Sequenciamento de Conteúdos.

3.1. Mapeamento de Consumo e de Oferta e sua Conexão em Rede [Ferramenta On Line]

Os participantes incluirão no Buscador de solidarius.net a lista de seu consumo mensal e, ao menos, os dados de um produtor familiar/solidário da região que possa atender a algum de seus consumos.

Com base nessas informações será feito o diagnóstico do fluxo de oferta e consumo, visualizando as conexões de rede existentes com respeito ao consumo destes participantes. Na etapa de experimentação coletiva, quando as contas de outros participantes forem ativadas, cada um deles deverá fazer o mesmo exercício.


3. 2. Plano de Consumo e de Oferta de Bens e Serviços [Ferramenta em Planilha]

Com base no mapeamento feito do próprio consumo de bens e de serviços, os participantes organizarão um plano mensal de consumo e de oferta no circuito usando uma folha de projeção.

Projetarão a estimativa do número necessário de famílias para a sustentação do circuito e o número de iniciativas produtivas que o consumo dessas famílias poderá sustentar.

Visualizarão o volume de consumo a ser atendido pelo mercado convencional e o volume a ser atendido por fornecedores solidários.

Com a organização dos Planos de Ofertas, atuais e potenciais, amplia-se progressivamente o volume de necessidades a ser atendidas por iniciativas de economia solidária em nível local, reduzindo-se sua dependência em relação aos circuitos econômicos do capital e às ações estatais para expandir a autogestão comunitária no encontro solidário de suas capacidades e necessidades.


3.3. Incluir Demandas e Ofertas nos Catálogos de Compras, Trocas e Doações [Ferramenta On Line]

Os participantes aprenderão a incluir ofertas e pedidos nos catálogos de compras, trocas e dádivas.

Com base na projeção feita no módulo anterior, escolherão trinta produtos prioritários para serem agregados no catálogo do novo empório, metade proveniente do mercado convencional e metade de fornecedores solidários (caso existam).

Para os produtos convencionais, farão a investigação de preços em três mercados e estabelecerão o preço médio que estará no catálogo do empório.

Para os produtos solidários definirão, com os produtores, os preços dos produtos a serem oferecidos no catálogo e a margem de desconto a ser obtida para a sustentação dos custos de operação do empório e emissão de pontos aos participantes.


3.4. Realizar Pedidos e Registros de Intercâmbios nas Modalidades de Compras, Trocas e Dádivas [Ferramenta On Line]

Os participantes farão seus pedidos de compras no catálogo do Empório em formação.

Os pedidos serão totalizados.

Os pagamentos das compras dos participantes serão feitos ao responsável pelo catálogo do Empório, que intermediará o pagamento aos fornecedores.

A equipe distribuirá os pedidos de produtos convencionais pelos três mercados, comprando onde estiver mais barato cada produto.

Comprará, dos produtores solidários, o volume que lhes foi demandado nos pedidos.

Depois de receber os produtos, a equipe organizará as caixas e fará a entrega dos pedidos.

Por fim, fará a apuração do resultado obtido com as compras e a margem alcançada.

Cada participante fará, igualmente, um intercâmbio nas modalidades de troca e de dádiva, efetuando o pedido e registrando a transferência de pontos ou o agradecimento no histórico de transações.


3.5. Elaboração do Plano de Sustentabilidade do Empório [Ferramenta On Line]

Considerando a obtenção de uma margem de 10.sobre o faturamento a ser alcançado para manter o empório a ser criado e de outro 10.para o Fundo Solidário, os participantes farão seu plano de sustentabilidade, estimando o número necessário de famílias e o ticket médio de consumo mensal por família para a sustentação dessa iniciativa com base nos dados levantados por eles próprios nas etapas anteriores.


3. 6. Simulação de Fluxos num Circuito Local [Ferramenta em Planilha]

Nessa etapa será abordado o conceito de Pontos e de seu lastro, associado à capacidade de trabalho do participante que entra no Circuito, à entrada de produto no Empório e à entrada de dinheiro no Fundo .

A simulação dos fluxos econômicos no circuito permitirá visualizar tanto as diferentes relações de entradas e saídas de produtos no Empório por ações de compra e troca, como de aportes e retiradas de valores do Fundo, bem como de antecipação e restituição de pontos pela entrada e saída de Participantes do circuito.

O balanço final permitirá ver o saldo do fundo que pode ser empregado em libertação de forças de produção, de intercâmbio e de crédito e em libertação econômica dos membros da comunidade e desta como um todo.


3.7. Circuitos Econômicos do Capital e Circuitos Econômicos Solidários. [ Conceitos e Estratégia ]

Será, então, analisado como ocorre a reprodução ampliada do valor nos circuitos econômicos do capital, como ela ocorre nos circuitos econômicos solidários e o progressão das forças produtivas nos circuitos econômicos.

Será analisado como ocorre a realização dos lucros do capital produtivo, comercial e financeiro.

Será visto como os circuitos econômicos solidários estão interconectados com os circuitos econômicos do capital.

E será aprendido como migrar a realização de valores do circuito econômico do capital para o circuito econômico solidário, de modo a possibilitar que valores anteriormente realizados como lucro do capital produtivo, do capital comercial e do capital financeiro se convertam em excedentes de valor acumulados nos Fundos dos circuitos solidários para realizar a libertação de forças produtivas, a libertação de meios de intercâmbio e a libertação das comunidades econômicas solidárias.

Serão abordados indicadores de desenvolvimento socioeconômico e humano ( bem-viver e pegada ecológica , entre outros) e conceitos como economia do suficiente e desenvolvimento em harmonia com a natureza .


3.8. Fundo Solidário e Procesos de Votação [Conceitos e Ferramenta On Line]

Nesta etapa, os participantes criarão o Fundo Local que receberá seus próprios aportes para a cobertura de suas compras no empório em simulação. No livro de entradas e saídas do Fundo, farão os registros de mobilização de valores, anotando o valor aportado pelo participante, o valor de sua compra, os valores pagos aos fornecedores e os pontos que foram gerados aos participantes.

Depois da compra, farão o balanço, totalizando: o saldo em dinheiro que resta na conta de moedas de cada participante, o saldo que resta na conta de pontos de cada participante, o valor total de gastos realizados, o valor total que resta no Fundo, seja como saldo para compras futuras dos participantes, seja como lastro dos pontos emitidos em favor deles e como valor para a cobertura dos custos de operação do Empório.

Os participantes aprenderão a usar a ferramenta de autogestão do circuito para apresentar um projeto que destine recursos do fundo e votar por seu aprovação ou rejeição.


3.9. Libertação de Forças de produção, Intercâmbio e Crédito e Libertação Econômica de Comunidades Humanas. [Conceitos e Estratégia]

Será visto como aplicar os recursos do Fundo par o investimento fixo e circulante, de modo a acumular os valores necessários à criação dos empreendimentos de maneira otimizada, com o objetivo de obter resultados sustentáveis na reprodução ampliada do valor e na expansão das forças produtivas do circuito.

Será visto como usar recursos do fundo no setor de produção para criar empreendimentos que reorganizem as cadeias produtivas, de modo a ampliar a oferta de produção solidária para os consumos (final e produtivo, de bens e de serviços) praticados nos circuitos e reduzir as fugas de valores que ocorrem com as compras de fornecedores capitalistas.

Será visto como usar recursos do fundo no setor de circulação para solucionar problemas de logística, mobilização e estoque de produtos, na relação entre provedores e circuito e no intercâmbio dos circuitos entre si, bem como solucionar o pagamento de impostos relacionados às trocas não-monetárias e às dáddivas realizadas no interior do circuito.

Será visto como usar recursos do fundo no setor de finanças para solucionar problemas de endividamento de empreendimentos e de consumidores, realizando empréstimos sem juros a ser restituídos em parcelas, de modo a possibilitar aos endividados se libertarem dessas dívidas e a ampliarem o catálogo de doações dos circuitos, com valores que anteriormente seriam destinados à realização de lucros do capital financeiro.


3.10. Simulação de Fluxos numa Rede de Circuitos: Reprodução Ampliada e Progresão do Valor Econômico. [Ferramenta em Planilha]

Com base nos dados de consumo das famílias no país e de sustentação do circuito projetado, será feita a simulação da progressão da rede de circuitos para o atendimento do consumo global das famílias no país, no estado, na cidade e no bairro em que atuará o Circuito.

Com base nestes dados, será visto quantos circuitos poderiam ser sustentavelmente organizados no bairro, no município, no estado e no país e os prazos estimados para sua reprodução sustentável no atendimento conjunto das demandas das famílias.


3.11. Redes de Circuitos e Economia de Libertação. [Conceitos e Estratégia ]

Será visto como cada circuito se converte em incubadora de outros circuitos e como integrar seus catálogos de compras, trocas e dádivas em rede colaborativa.

Será visto como funciona a Sistema de Intercâmbio Solidário em nível internacional e a gestão de fundos nacionais para respaldar transações não-monetárias em nível internacional na rede de circuitos.

Serão vistos os conceitos de apropriação individual , associativa e pública e de obtenção de meios econômicos, destacando a importância de transitar progressivamente dos catálogos de compra e venda , condicionados pelo dinheiro, e dos catálogos de trocas , condicionados pelo valor dos produtos intercambiados, para o catálogo de dádivas , em que o intercâmbio não está centrado no dinheiro ou no valor do produto, mas na consideração das necessidades e capacidades de cada participante do circuito.

Serão aprofundados os conceitos de libertação das forças produtivas, libertação dos meios de intercâmbio e libertação socio-econômica das comunidades humanas, com a organização de outros modos de produzir e intercambiar e outra formação social, fundadas na autogestão social, transformando a sociedade e o Estado, para o asseguramento conjunto das liberdades públicas e individuais e o desenvolvimento e consolidação da democracia substantiva, fundada na soberania popular.


3.12. Ferramentas de Administração - I [ Conceitos e Ferramentas on Line]

Os participantes aprenderão a usar as ferramentas de administração da plataforma de circuitos de solidarius.net para:

a) Abertura de Contas dos participantes;

b) Administração do Empório: Aporte dos Associados/as; Compra dos Associados; Pagamento a Fornecedores; Emissão de Pontos aos Associados/as

c) Gastos Realizados

d) Monitoramento de Fluxos e Desativação de Contas: Balanço; Contas (saldos, detalhes, desativação e ativação de contas); Transações Realizadas


3. 13. Ferramentas de Administração - II [ Conceitos e Ferramentas on Line]

e) Recebimento de Doações, com a respectiva emissão de Pontos

f) Controle de Cédulas Distribuídas: Distribuir Cédulas; Recolher Cédulas

g) Aporte a Projetos com a respectiva eliminação de Pontos e Moedas do Fundo

h) Atualização Monetária

i) Administração da Participação Coletiva nos resultados: Adicionar Valor; Rateio e Retribuição Individual


3.14 Cooperativa para Autogestão Comunitária

Neste módulo são abordados aspectos legais do circuito e elementos estatutários requeridos à organização de uma Cooperativa para Autogestão Comunitária.


4. Cronograma


A previsão inicial de realização do curso é de quatro meses, com um módulo semanal. Mas, a depender do ritmo do grupo, poderá haver mais tempo entre uma etapa e outra.

Módulo

1. Mapeamento de Consumo e de Oferta e seu Conexão em Rede

2. Plano de Consumo e de Oferta

3. Incluir Demandas e Ofertas nos Catálogos de Compras, Trocas e Dádivas

4. Realizar Pedidos e Registros de Intercâmbios nas modalidades de Compra, Troca e Dádiva

5. Elaboração de Plano de Sustentabilidade do Empório

6. Simulação de Fluxos num Circuito Local

7. Circuitos Econômicos do Capital e Circuitos Econômicos Solidários.

8. Fundo Solidário e Procesos de Votação

9. Libertação de Forças Produtivas, Libertação de Meios de Intercâmbio e Libertação Econômica de Comunidades Humanas.

10. Simulação de Fluxos numa Rede de Circuitos: Reprodução Ampliada e Progresão do Valor Econômico.

11. Redes de Circuitos e Economia de Libertação.

12. Ferramentas de Administração - I

13. Ferramentas de Administração - II

14. Cooperativa para Autogestão Comunitária

5. Metodologia e Certificados

A metodologia consiste em leitura de textos, intercâmbios comunicativos, uma seção ao vivo uma vez por semana (que não é obligatória) e realização de tarefas específicas para o domínio de conteúdos, métodos, técnicas, uso de ferramentas e incubação do circuito.

Serão emitidos, por Solidarius Rede Internacional, certificados de participação em Curso Livre a Distancia para os participantes do curso inicial que cumpram com os critérios previstos de avaliaçao.

6. Investimento e Custos

O valor da incubação é de R$ 100,00 mensais por pessoa pelo prazo de 10 meses. A depender do número de participantes inscritos/as por circuito a ser incubado, um desconto poderá ser oferecido sobre o valor total.

7. Inscrições e Idiomas

As inscrições podem ser realizadas na seguinte página: http://www.solidarius.net/ead/cursos

O Programa é oferecido simultaneamente em Português e Espanhol. Todos os conteúdos de todos os módulos estão disponíveis em ambos os idiomas. O participante pode navegar, conforme sua preferência, entre um idioma e outro. Nos fóruns de diálogo os participantes podem eleger a idioma de sua preferência. Os mesmo com as sessões ao vivo.

A realização do Programa – com a incubação simultânea de circuitos em diferentes países, que podem nascer integrados em redes colaborativas de economia solidária – é uma experiência nova e desafiadora, que poderá trazer um forte potencial de transformação socioeconômica, com a constituição e fortalecimento de redes socioeconômicas solidárias em níveis locais e internacionais.

Para dúvidas e outras informações envie um e-mail a: info@solidarius.net